quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Subterfúgio

Subterfúgio é um canal que leva para outro mundo
Lá as portas são de vidro e as janelas são quadros pintados de possibilidades
Encimados por paredes de vento.
Espelho d'água é de certo o chão que pisa
Portanto, não há sinais de rastro nesse mundo
A não ser um breve reflexo de si, distorcido pelas ondulações d'água.
O onírico passar das horas não faz do novo o velho, do hoje o ontem.
A dimensão temporal paira como quem dita a eternidade de um segundo e a finitude das horas...
No subterfúgio a via é de mão dupla.
Pode voltar pelo mesmo lugar de onde veio:
Escolha uma das janelas e assine
Contudo, por esta já não poderá mais regressar.

Entre aspas

“Sou una e múltipla, fragmentada e inteira,
curva e planície, zênite e abisso.
Sou superfície e fosso, laços e cisão,
silêncios e barbúrdias, muitas e nenhuma.

Meus pedaços me juntam em esfinge
e me insulam no arco-das-sete-cores
de onde espio infinitos e precipícios
como se dona de todos os mundos.

Minhas antíteses, polaridades
se perdem sempre em meus campos
e ocultam verdades, faces e falácias
do medo que me escamoteou os sonhos.

Meus inversos mostram os enigmas
(guardados em redoma de alabastro),
que escondem máscaras, alegorias
e as almas dos amores todos,
cujos corpos há muito migraram”.

Enigma - Lêda Selma

Vento solar...


terça-feira, 4 de outubro de 2011

The sun contains a ray


home sweet home

Don't forget your clothes on the bed
Don't forget your clothes on the bed
When you arrive at home
Please come in
And don't look at me