Melancolia se instalou em meu coração vermelho de vida
E por lá se alojou feito parasita
Como hospedeira tenho responsabilidade por isso
Esqueci de trancar as portas enquanto dormia
Portanto, sou consciente da inoportuna visita
Que como toda visita, terá que partir um dia
Até lá, vivo sua presença que se alimenta dos meus dias
Silenciosamente e disfarçadamente
Disfarço não sentir dor e silencio sua presença, pacífica
Sabendo que dou de alimentar aos pensamentos idealizações frustradas
Como uma promessa não realizada, em que os raios de sol ferem a retina
Turvando minha visão em tons de cinza
"É passageiro", dizem, e eu bem sei disso.Não posso assistir a vida desejada
Enquanto ela vive por mim. Se não podemos exorcizar nossos sentimentos
Temos que aprender a controlá-los
E a melhor maneira é saber a vivenciá-los em sua natureza agridoce
Melancolia traz um auto centramento egoísta de um casulo interior
Altamente seletiva, rejeita as lembranças mais bonitas vividas com amor
Anestesia o coração que outrora batia com ardor
Negativiza com semblante de apatia à qualquer esperança
E esta é a dor
E esta é a dor.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
There's a corner of my heart
Corner Of Your Heart
There's a corner of your heart for me.
There's a corner of your heart just for me.
I will pack my bags just to stay in the corner of your heart.
Just to stay in the corner of your heart.
There is room beneath your bed for me.
There is room beneath your bed just for me.
I will leave this town just to sleep underneath your bed.
Just to sleep underneath your bed.
There's one minute of your day.
There's one minute of your day.
I will leave this man just to occupy one minute of your day.
Just to occupy one minute of your day.
Just to sleep underneath your bed.
Just to stay in the corner of you heart.
Cão-guia
Quando exaurida as forças, que o bom pensar não lhe falte
Se este não puder lhe carregar, ao menos lhe ensinará os primeiros passos para caminhar
E mesmo que mentalmente caminhe sem sair do lugar,
Na companhia do bom pensar, já começou a se movimentar.
Ela é a ação na inércia e inspiração na loucura
E, se não servir como motivação, é o que lhe segura.
Ode ao bom pensar!
Não! Também não.
Mas... é simples a questão:
Quando tudo parecer acabado,
O bom pensar como um amigo lhe dará a mão
E lhe dará um norte no meio do furacão
Mesmo não lhe servindo como sentido da vida
Ser-lhe-á um cão-guia a orientar e delimitar sua direção,
Não com o fim de chegar a algum lugar,
Mas, no lugar onde quer chegar.
Se este não puder lhe carregar, ao menos lhe ensinará os primeiros passos para caminhar
E mesmo que mentalmente caminhe sem sair do lugar,
Na companhia do bom pensar, já começou a se movimentar.
Ela é a ação na inércia e inspiração na loucura
E, se não servir como motivação, é o que lhe segura.
Ode ao bom pensar!
Não! Também não.
Mas... é simples a questão:
Quando tudo parecer acabado,
O bom pensar como um amigo lhe dará a mão
E lhe dará um norte no meio do furacão
Mesmo não lhe servindo como sentido da vida
Ser-lhe-á um cão-guia a orientar e delimitar sua direção,
Não com o fim de chegar a algum lugar,
Mas, no lugar onde quer chegar.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Subterfúgio
Subterfúgio é um canal que leva para outro mundo
Lá as portas são de vidro e as janelas são quadros pintados de possibilidades
Encimados por paredes de vento.
Espelho d'água é de certo o chão que pisa
Portanto, não há sinais de rastro nesse mundo
A não ser um breve reflexo de si, distorcido pelas ondulações d'água.
O onírico passar das horas não faz do novo o velho, do hoje o ontem.
A dimensão temporal paira como quem dita a eternidade de um segundo e a finitude das horas...
No subterfúgio a via é de mão dupla.
Pode voltar pelo mesmo lugar de onde veio:
Escolha uma das janelas e assine
Contudo, por esta já não poderá mais regressar.
Lá as portas são de vidro e as janelas são quadros pintados de possibilidades
Encimados por paredes de vento.
Espelho d'água é de certo o chão que pisa
Portanto, não há sinais de rastro nesse mundo
A não ser um breve reflexo de si, distorcido pelas ondulações d'água.
O onírico passar das horas não faz do novo o velho, do hoje o ontem.
A dimensão temporal paira como quem dita a eternidade de um segundo e a finitude das horas...
No subterfúgio a via é de mão dupla.
Pode voltar pelo mesmo lugar de onde veio:
Escolha uma das janelas e assine
Contudo, por esta já não poderá mais regressar.
Entre aspas
“Sou una e múltipla, fragmentada e inteira,
curva e planície, zênite e abisso.
Sou superfície e fosso, laços e cisão,
silêncios e barbúrdias, muitas e nenhuma.
Meus pedaços me juntam em esfinge
e me insulam no arco-das-sete-cores
de onde espio infinitos e precipícios
como se dona de todos os mundos.
Minhas antíteses, polaridades
se perdem sempre em meus campos
e ocultam verdades, faces e falácias
do medo que me escamoteou os sonhos.
Meus inversos mostram os enigmas
(guardados em redoma de alabastro),
que escondem máscaras, alegorias
e as almas dos amores todos,
cujos corpos há muito migraram”.
Enigma - Lêda Selma
curva e planície, zênite e abisso.
Sou superfície e fosso, laços e cisão,
silêncios e barbúrdias, muitas e nenhuma.
Meus pedaços me juntam em esfinge
e me insulam no arco-das-sete-cores
de onde espio infinitos e precipícios
como se dona de todos os mundos.
Minhas antíteses, polaridades
se perdem sempre em meus campos
e ocultam verdades, faces e falácias
do medo que me escamoteou os sonhos.
Meus inversos mostram os enigmas
(guardados em redoma de alabastro),
que escondem máscaras, alegorias
e as almas dos amores todos,
cujos corpos há muito migraram”.
Enigma - Lêda Selma
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